Para alguns, o fluxo de caixa é entendido como o “sangue da empresa”.
É este fluxo que permeia todos departamentos da empresa e os mantem vivos, ativos e operantes.
É no fluxo de caixa que ficam registrados todos os movimentos financeiros de entradas e saídas de dinheiro da empresa e é a partir deste controle que definimos diariamente as ações corretivas ou preventivas de uma empresa.
Cuidados essenciais com a saúde de seu fluxo de caixa:
1. Flutuações no caixa
É como a pressão arterial de uma pessoa, se oscilar muito…. problemas a vista.
Um bom planejamento de caixa deve ter provisionado todos movimentos que são conhecidos e recorrentes, além das possíveis oscilações sazonais possíveis de prever. Assim teremos um mapeamento com antecedência de quais momentos teremos mais saídas do que entradas e vice versa.
Nosso objetivo é sempre distribuir os fluxo ao longo do período da forma mais suave possível que evitem stress ou folgas muito expressivas
“Desencaixe” de fluxo sempre traz perdas financeiras, seja quando falta dinheiro no caixa, onde devemos buscar este capital em algum lugar e pagarmos por isto, mas também quando sobra dinheiro por algum tempo no caixa, e portanto deveria estar aplicado sendo rentabilizado.
2. Reservas de caixa
O capital de giro é a reserva energética de uma empresa, aquele que é acionado nos casos de eventuais emergências.
É o montante de capital que deve estar a disposição da empresa para garantir que ela cumpra suas obrigações financeiras em dia por um período determinado. Esse período de reserva depende muito do segmento de mercado de atuação de cada negócio.
Um dos maiores erros no inicio de uma empresa é esquecermos que não basta o capital disponível para investir nos ativos e na abertura do negócio, mas também para garantirmos a boa operação por um período enquanto ela não gera seu próprio caixa, que é a sua necessidade de capital de giro.
Também é comum empresas confundirem a disponibilidade de capital de giro, com capital disponível para utilização e desta forma gastam esta reserva de forma aleatória, expondo o negócio a um grande risco de não conseguir saudar seus compromissos, em caso de algo sair do controle no período.
3. Monitoramento diário
A gestão de fluxo de caixa só funciona se for feita de forma automática, diariamente.
Seu plano de caixa deve estar sempre atualizado, se possível integrado em seu próprio sistema de gestão o que traz atualizações instantâneas conforme os lançamentos.
Alguém na empresa deve ser o responsável por sua análise e gestão. Deve olhar o planejado para o caixa versus o que realmente aconteceu no dia e também analisar se tiveram mudanças no cenário planejado para as próximas semanas, para imediatamente tomar decisões de ajustes, se for o caso.
Para isto ajuda muito termos um plano de caixa com visão de no mínimo 1 mês a frente e o mais detalhado que conseguirmos controlar. Isso trará maior segurança nas decisões necessárias.
O estado da arte na gestão de caixa é “não termos surpresas” e não termos desencaixes” financeiros.